Volpi: Dimensões da cor
Explorando a sensibilidade cromática
Enlevadas pela ganância, diversas famílias herdeiras de artistas famosos cobram elevadas somas de dinheiro para permitir a reprodução de suas obras. Alfredo Volpi, um dos expoentes mais significativos e ao mesmo tempo mais singulares da arte construtiva no Brasil, morto em 1988, é um caso desse comportamento. Na exposição Volpi: dimensões da cor, por exemplo, a instituição anfitriã foi impedida de reproduzir os trabalhos do artista em catálogo e na divulgação da exposição.
Para nós, a impossibilidade de reproduzir as obras revelou sua melhor face, permitindo que fizéssemos uma tradução tipográfica de suas qualidades estéticas para criar uma forte identidade para o evento. O projeto expográfico, por sua vez, preservou o espaço íntegro da galeria, sem interrupções, incentivando a visão de conjunto e a comparação entre diversos momentos da obra do artista.
Com curadoria de Vanda Klabin, a exposição reúne 61 trabalhos de Alfredo Volpi e enfoca a produção do artista nos anos 1950 e 1960, com destaque para obras em pequenos formatos. A mostra investiga o potencial poético da cor na obra do artista.